o pontinho azul de repente virou-se no meio daquela azafama e decidiu desaparecer. a fama que tinha de louco era cada vez mais evidente. já dizia o sr. acácio que o pontinho era um destabilizador por natureza, um puto estúpido na gíria local. nesse dia o pontinho azul decidiu ir ver umas miúdas para o café que ficava ali mesmo ao pé da loja de conveniência. a técnica era a mesma de sempre, um café, cigarro no limiar do lábio e perna aberta, assim como quem quer mostrar qualquer coisa. no outro lado da rua a pisa-papeis, decidiu sair de casa e rolar estrada fora. era uma moça que reza a história já foi linda de morrer, mas os pasteis de nata trataram do assunto. por momentos passou-lhe pela cabeça, aquela vontade de ingerir qualquer coisa e decidiu avançar para o café ao pé da loja de conveniência. aquele momento foi verdadeiramente mágico. a pisa-papeis a atravessar a estrada com o olhar do pontinho azul a despi-la a cada passo. altiva e em passo estrondosamente vigorante, a pisa-papeis liberta o que de melhor tem dando jus à expressão que nos diz que "é como andar de bicicleta...nunca se esquece". pede o seu duplo pastel de nata, vira-se e pede ao pontinho azul para se sentar na sua mesa. tudo parou. um enorme grunhido de felicidade acontece. sente-se amor. a vida é bela. este foi o dia mais feliz do pontinho azul. agora só espero que não procriem.
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